terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
28 de Novembro
28 de Novembro...
Ano 1921, numa pequena casa perto da estação Novelas – Penafiel, uma mulher muito bela com nome de Ester, dava à luz uma menina que iria ser a minha Mãe.
Maria Ester, Mariazinha ficou a chamar-se e por muitos anos, para se diferenciar de minha Avó, com quem ainda cheguei viver.
Essa mulher casou e pouco tempo após eu e meu irmão nascermos fomos todos viver para uma terra bem distante, e lá longe se desenrolou toda a sua vida.
Numa noite quente, com céu estrelado em surdina fui acordada para me dizer que ia sair, chegara a hora o bebé ia nascer. Meu pai encaminhava-se para a carrinha de mala na mão, mas ainda nas escadas, ouvi a minha mãe dizer:
“Vai chamar as Irmãs de Coalane, que o bebé está a nascer…” e logo que se deitou um choro de criança soou.
O meu irmão acabava de nascer tal e qual a minha mãe, numa pequena casa no mesmo dia em que ela fazia 41 anos, do ano de 1962.
Apressado meu Pai se encaminhou para carrinha que logo empanou e o percurso foi feito a pé em buscar ajuda. Tudo ia demorar mais. Em casa era eu a mais velha, acabara de fazer 14 anos e a Filomena que ajudava tomar conta dos mais pequenos. As duas tentamos improvisar os preparativos para dentro do possível o menino ser recebido o melhor possível e com a pompa com que era esperado.
Estava escrito que esse dia tudo ia ser diferente.
Não se ouvia ruído só atenuo clarão da chama trepidante da vela no quarto de minha mãe o choro do menino que anunciava sua chegada. Foram todos acordados, depois de aceso o "petromax" e levados para a grande mesa, enquanto nos apressávamos a arranjar o essencial: tesoura, fio (que não escorregasse), ferver a água e tudo que surgisse para ajudar, pois não esqueço essa inédita noite nada encontrávamos tudo parecia estar fora do lugar. Não havia uma gota de água potável e minha mãe muita sede passou, não esquecerei como tudo me parecia intrigante e insólito.
O menino foi lavado com água do nosso poço fervida, mas para beber tivemos que esperar a manhã pela água que trazíamos da cidade. Que era fervida e filtrar, a do poço era insalubre.
Como esquecer aquela noite?
2009...
Os anos passam e 28 de Novembro é dia de festa.
E mais aniversários se uniram a este dia.
MIR
Ano 1921, numa pequena casa perto da estação Novelas – Penafiel, uma mulher muito bela com nome de Ester, dava à luz uma menina que iria ser a minha Mãe.
Maria Ester, Mariazinha ficou a chamar-se e por muitos anos, para se diferenciar de minha Avó, com quem ainda cheguei viver.
Essa mulher casou e pouco tempo após eu e meu irmão nascermos fomos todos viver para uma terra bem distante, e lá longe se desenrolou toda a sua vida.
Numa noite quente, com céu estrelado em surdina fui acordada para me dizer que ia sair, chegara a hora o bebé ia nascer. Meu pai encaminhava-se para a carrinha de mala na mão, mas ainda nas escadas, ouvi a minha mãe dizer:
“Vai chamar as Irmãs de Coalane, que o bebé está a nascer…” e logo que se deitou um choro de criança soou.
O meu irmão acabava de nascer tal e qual a minha mãe, numa pequena casa no mesmo dia em que ela fazia 41 anos, do ano de 1962.
Apressado meu Pai se encaminhou para carrinha que logo empanou e o percurso foi feito a pé em buscar ajuda. Tudo ia demorar mais. Em casa era eu a mais velha, acabara de fazer 14 anos e a Filomena que ajudava tomar conta dos mais pequenos. As duas tentamos improvisar os preparativos para dentro do possível o menino ser recebido o melhor possível e com a pompa com que era esperado.
Estava escrito que esse dia tudo ia ser diferente.
Não se ouvia ruído só atenuo clarão da chama trepidante da vela no quarto de minha mãe o choro do menino que anunciava sua chegada. Foram todos acordados, depois de aceso o "petromax" e levados para a grande mesa, enquanto nos apressávamos a arranjar o essencial: tesoura, fio (que não escorregasse), ferver a água e tudo que surgisse para ajudar, pois não esqueço essa inédita noite nada encontrávamos tudo parecia estar fora do lugar. Não havia uma gota de água potável e minha mãe muita sede passou, não esquecerei como tudo me parecia intrigante e insólito.
O menino foi lavado com água do nosso poço fervida, mas para beber tivemos que esperar a manhã pela água que trazíamos da cidade. Que era fervida e filtrar, a do poço era insalubre.
Como esquecer aquela noite?
2009...
Os anos passam e 28 de Novembro é dia de festa.
E mais aniversários se uniram a este dia.
MIR
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Nenúfares
Nenúfares
Me lembra o pantanal
Meu vizinho em Coalene,
Lugar onde há anos vivia
Pertinho da cidade de Quelimane.
O pantanal era belo de dia,
Grandes folhas de nenúfar
Escondiam o lodo do fundo
E nunca se enlameavam
Com rãs pulando
Ou libelinhas sobrevoando.
E nas noites de lua cheia
Eram um feitiço.
Pirilampos luziam
E a orquestra de rãs
Se ouvia em os sons a graves e agudos
À ordem dum grande baixo.
E quando uma pequena brisa sucedia
O grande palmar dançava,
Suas folhas prateadas
Eram como saias de bailarinas
Numa dança de magia
E os nenúfares coloriam
Tudo se passava como um conto de presságio.
O tempo das chuvas chegava
A enxurrada desmarcava domínio
E a pequena ponte era pelas águas levada
Para zona onde o arrozal crescia...
Descalços o caminho percorríamos.
Me lembra o pantanal
Meu vizinho em Coalene,
Lugar onde há anos vivia
Pertinho da cidade de Quelimane.
O pantanal era belo de dia,
Grandes folhas de nenúfar
Escondiam o lodo do fundo
E nunca se enlameavam
Com rãs pulando
Ou libelinhas sobrevoando.
E nas noites de lua cheia
Eram um feitiço.
Pirilampos luziam
E a orquestra de rãs
Se ouvia em os sons a graves e agudos
À ordem dum grande baixo.
E quando uma pequena brisa sucedia
O grande palmar dançava,
Suas folhas prateadas
Eram como saias de bailarinas
Numa dança de magia
E os nenúfares coloriam
Tudo se passava como um conto de presságio.
O tempo das chuvas chegava
A enxurrada desmarcava domínio
E a pequena ponte era pelas águas levada
Para zona onde o arrozal crescia...
Descalços o caminho percorríamos.
Pôr do Sol
Oferenda de cada dia,
A Natureza nos oferece
Antes de começar a noite
Que tudo escurece
Para ceder à lua
Lugar que lhe compete
E guie nosso repouso
A alma para o novo dia.
A Natureza nos oferece
Antes de começar a noite
Que tudo escurece
Para ceder à lua
Lugar que lhe compete
E guie nosso repouso
A alma para o novo dia.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Afastada
Errante no tempo e no espaço.
Minha mente negou apoio
À força que arrisquei demandar,
Interrompi o falar e o ouvir.
E arredada para região remota
Tudo agarrei para não ser conduzida
Sem meu querer assim o ditar.
Findo ano, descobri,
Que no meio da tormenta
Multipliquei o que havia apreendido
Fiz de mim romeira
Árdua lutadora
Reacendi minha opção de vida
A firmeza para meu caminhar...
MIR
Minha mente negou apoio
À força que arrisquei demandar,
Interrompi o falar e o ouvir.
E arredada para região remota
Tudo agarrei para não ser conduzida
Sem meu querer assim o ditar.
Findo ano, descobri,
Que no meio da tormenta
Multipliquei o que havia apreendido
Fiz de mim romeira
Árdua lutadora
Reacendi minha opção de vida
A firmeza para meu caminhar...
MIR
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Maria sou...
Maria sou,
Não Maria com graça,
Muita gente me achou graça,
E graça tinha,
No vestir, no pentear
E suave no falar
Era uma linda menina
Em pequena, encantava...
Maria crescia
E sempre pensou ninguém dela gostar,
Quando se via observada
Pela forma de seu pensar
E foi quando a vida mostrou
Que é GRAÇA ter nascido,
Com um dom de ser notada
Não pela beleza ou graça
Era o interior que miravam,
Por isso todos os dias dou Graças,
Por ser Maria Isabel...
Não Maria com graça,
Muita gente me achou graça,
E graça tinha,
No vestir, no pentear
E suave no falar
Era uma linda menina
Em pequena, encantava...
Maria crescia
E sempre pensou ninguém dela gostar,
Quando se via observada
Pela forma de seu pensar
E foi quando a vida mostrou
Que é GRAÇA ter nascido,
Com um dom de ser notada
Não pela beleza ou graça
Era o interior que miravam,
Por isso todos os dias dou Graças,
Por ser Maria Isabel...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
MEU...
Meu...
É palavra que uso,
Pode parecer presunção
Até, me julgarem interesseira.
O que pensam não chega,
Mas o que sou e faço.
Meu é tudo que tenho.
Meu, pode ser a cidade,
A casa ou a rua...
E é também de quem vive a meu lado
Tudo lhes pertence tanto como a mim.
Estou de passagem,
Ser efémero
Tenho de saber tudo usar,
Servir-me e louvar...
Meu, é palavra,
Estima,
Não domínio...
MIR
É palavra que uso,
Pode parecer presunção
Até, me julgarem interesseira.
O que pensam não chega,
Mas o que sou e faço.
Meu é tudo que tenho.
Meu, pode ser a cidade,
A casa ou a rua...
E é também de quem vive a meu lado
Tudo lhes pertence tanto como a mim.
Estou de passagem,
Ser efémero
Tenho de saber tudo usar,
Servir-me e louvar...
Meu, é palavra,
Estima,
Não domínio...
MIR
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Conflito
Amor,
Quando tua ternura
Sopra o borralho
Onde uma brasa teima em não se apagar,
Reaparece das cinzas o clarão
Com mil fagulhas cintilantes.
Reanimo do marasmo que me abatera
E de novo abono o milagre da existência
E caio num profundo sono...
Não conseguiria imaginar
Vir isto a acontecer.
O viver solitário
Nada me consegue dizer .
E ao me sentir abater
Nasce a vontade de lutar
Me dá força precisa,
Para erguer as mãos
E pedir, amparo…
MIR
Quando tua ternura
Sopra o borralho
Onde uma brasa teima em não se apagar,
Reaparece das cinzas o clarão
Com mil fagulhas cintilantes.
Reanimo do marasmo que me abatera
E de novo abono o milagre da existência
E caio num profundo sono...
Não conseguiria imaginar
Vir isto a acontecer.
O viver solitário
Nada me consegue dizer .
E ao me sentir abater
Nasce a vontade de lutar
Me dá força precisa,
Para erguer as mãos
E pedir, amparo…
MIR
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Recorda
Belos poemas à noitinha lia
Poemas que acalmassem
Meu coração sentido,
Labuta do dia a dia,
Cara alegre que oferecia
Não mostrar o que dentro de mim ardia
Insatisfação do modo de vida que vivia.
Ante os pequenos, me tornei menina.
Brinquei no falar,
Era teatral no expressar
Assim as longas horas sentadas
Se tornariam mais fáceis de levar.
A incompreensão desta Sociedade
O desrespeito pelo crescer
Brincar,
Saltar,
Ouvir histórias e cantar...
Não só pergaminhos estudar,
Sentados horas sem fim...
Ensinei com rigor que precisavam,
O errado, feito lúdico
Era um jogo do bem/mal,
Com um elogio à primeira conquista
No saber ver/fazer, os fazia vibrar.
Meu coração se dividia por todos
E ao regressar eu lia...
Amigo especial
“Menino” de meus olhos.
Tanto tinha para te contar,
Pensar que vais o dia começar
Aqui, carinho Te vou deixar
Aquilo que todos precisamos.
Sorte, é saber ver o Amigo que se torna especial.
Ninguém o sabe fazer,
Poderemos encontrar,
Sem o deixar passar...
Todos Amigos são importantes,
E um pode ser aquele que melhor ajunta,
Até que nos unamos.
É um Amor diferente.
Amor que nos envolve doutra natureza
Assim Te Amo e quero, Menino...
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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