Nenúfares
Me lembra o pantanal
Meu vizinho em Coalene,
Lugar onde há anos vivia
Pertinho da cidade de Quelimane.
O pantanal era belo de dia,
Grandes folhas de nenúfar
Escondiam o lodo do fundo
E nunca se enlameavam
Com rãs pulando
Ou libelinhas sobrevoando.
E nas noites de lua cheia
Eram um feitiço.
Pirilampos luziam
E a orquestra de rãs
Se ouvia em os sons a graves e agudos
À ordem dum grande baixo.
E quando uma pequena brisa sucedia
O grande palmar dançava,
Suas folhas prateadas
Eram como saias de bailarinas
Numa dança de magia
E os nenúfares coloriam
Tudo se passava como um conto de presságio.
O tempo das chuvas chegava
A enxurrada desmarcava domínio
E a pequena ponte era pelas águas levada
Para zona onde o arrozal crescia...
Descalços o caminho percorríamos.
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